Igualdade de gênero, uma crença sem fundamento
Em nome de Deus, O Clemente, O Misericordioso.
Apesar de os secularistas, em sua grande maioria ateus, se dizerem indivíduos sóbrios, fundados na realidade objetiva e imunes às superstições, ao renegarem a crença em Deus e em Sua revelação, entregam-se às crendices mais loucas e sem fundamento que podem existir e uma delas é o princípio da igualdade de gênero, que é, inclusive, a coluna mestra de uma das vertentes seculares mais danosas que existe: o feminismo.
Pelo princípio da igualdade de gênero, homens e mulheres devem ter os mesmos direitos, deveres, tratamentos e oportunidades. Ele é intensamente adotato na sociedade brasileira, estando, inclusive, codificado na Constituição Federal, in verbis:
“Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição” CRFB 1988 – Art. 5º, I.
Muito bem, partindo de um critério cético, materialista e objetivo, como é possível provar a existência desse princípio? Como é possível provar que se trata de uma verdade objetiva e não de uma mera crendice ou delírio? E o que nos dizem, então, as culturas tradicionais e as revelações divinas? Será que é possível obter um respaldo nelas para salvar esse princípio? A verdade é que o princípio da igualdade de gênero é uma negação, não apenas da realidade biológica, mas também das culturas tradicionais e dos Livros revelados por Deus.
É isento de qualquer sombra de dúvida que homens e mulheres são diferentes, não na humanidade intrínseca, mas nas respectivas constituições físicas e psicológicas, razão pela qual sempre se atribuiu regime jurídico e papéis sociais diferentes a ambos.
A constituição física do homem é de mais força e resistência, o que os torna mais aptos às funções de trabalho externo e de proteção, enquanto a constituição das mulheres é de mais fragilidade e delicadeza, o que requer para elas um ambiente mais seguro e controlado, como é o lar por excelência. Inclusive, está na essência das mulheres buscar ficar no lar e um indício disso é que as mulheres só passaram a reivindicar estar num trabalho fora quando o desenvolvimento de máquinas mitigou as condições de transporte e de trabalho aproximando-as à do ambiente doméstico. É por isso que é comum ver mulheres em escritórios e não em canteiros de obras ou na manutenção de estradas ou qualquer outro serviço extenuante ou perigoso.
Outra característica física incontestavelmente diferente entre homens e mulheres é o sistema reprodutivo. Os homens não engravidam e isso é um fato da mais alta relevância, pois da reprodução depende a própria continuidade da espécie humana. Deus, louvado seja, deu, exclusivamente, às mulheres, não apenas a grande bênção da gestação de novas vidas humanas, mas também a melhor nutrição nos primeiros meses de vida do bebê, que é o leite materno.
E não para por aí. As quarenta semanas nas quais a mulher carrega o feto proporcionam a ela diversas alterações físicas e emocionais, incluindo uma diminuição considerável na mobilidade, o que compromete significativamente as capacidades dela de sustento e de proteção, circunstância, inclusive, que se prolonga por algumas semanas após o parto e, se considerados os cuidados que o recém-nascido requer da mãe para a sobrevivência, essa condição de vulnerabilidade da mulher perdurará por alguns anos. O parto, por sua vez, com todas as cargas de emoção, euforia e dor a ele inerentes, deixa claro para a mulher a responsabilidade direta que ela tem sobre aquela nova vida.
No aspecto psicológico, as diferenças também são notórias e significativas, pois as mulheres têm, naturalmente, mais desenvolvidas as aptidões próprias para o convívio doméstico, especialmente para o trato com crianças. Por outro lado, os homens são melhores nas aptidões voltadas para o convívio social, para a invenção e para a produção, como constatam os estudos nessa área.
As mulheres tendem a ser melhores do que os homens em empatia, habilidades verbais, habilidades sociais e busca de segurança, entre outras coisas, enquanto os homens tendem a ser melhores em independência, dominância, habilidades espaciais e matemáticas, agressão relacionada à competição entre outras (Gender Differences in Human Brain: A Review) -tradução nossa.
No que diz respeito às culturas tradicionais, as comunidades humanas pré-industriais sempre compreenderam essas diferenças e atribuíram regime jurídico e papéis sociais distintos a ambos, sendo as mulheres preparadas para o âmbito doméstico e os homens para o âmbito social (político, militar, comercial etc.).
Para arrematar, as revelações de Deus, como não poderia ser diferente, dão à humanidade critérios justos, equilibrados e em harmonia com a natureza humana para entender esse tema. Embora a Torah e o Evangelho não tenham sido adequadamente preservados, podemos encontrar neles a diferença de gênero, sendo próprio às mulheres a honra da vida doméstica, o recato e a maternidade e próprio dos homens o ambiente externo. No que diz ao Sagrado Alcorão, a diferença de gênero também é afirmada, sendo recomendado às mulheres permanecer tranquilas em seus lares e ser obedientes aos maridos e aos homens a proteção e sustento das mulheres sob a responsabilidade deles (Alcorão 33:33; 4:34).
Pelo exposto, fica claro que o princípio da igualdade de gênero é uma crença sem fundamento, seja na tradição humana, seja na revelação divina ou na realidade biológica. Homens e mulheres, apesar de compartilharem a mesma essência humana, possuem diferenças intrínsecas, o que requer direitos e deveres diferentes e papéis sociais diferentes e em harmonia com suas particularidades. Negar isso é negar a história humana, é ter uma postura arrogante diante do legado deixado por gerações e gerações que garantiu a sobrevivência da espécie humana por milênios. É também descrença e rebelião em relação aos Livros revelados por Deus. É, por fim, negar a realidade biológica brilhando com clareza solar diante dos nossos olhos.
Que a paz de Deus esteja com os bem encaminhados.
Share this content:
Publicar comentário