Seis perguntas essenciais para termos consciência de nós mesmos

Seis perguntas essenciais para termos consciência de nós mesmos

Em nome de Deus, O Clemente, O Misericordioso.

A modernidade é marcada pelo discurso neutro nos aspectos eminentemente humanos da vida como a origem, a razão e o propósito da existência. Fundamentado na liberdade individual e, portanto, no dever geral de respeito às escolhas de cada um, esse modo de vida leva a um materialismo e a um relativismo moral extremados.

Ocorre que, quanto mais o indivíduo avança nesse sentido, fica mais vazio da sua dimensão humana espiritual (filosófica ou ideológica) e se torna mais suscetível de manipulação, pois a negligência na escolha consciente e racional das suas crenças acarreta a adoção de um emaranhado de convicções desordenadas e contraditórias introduzidas no subconsciente sorrateiramente por artifícios chamados de culturais (como propagandas, músicas, danças, humor, literaturas etc.), fazendo-o levar um estilo de vida meramente em função dos interesses comerciais dos patrocinadores culturais em detrimento de sua dignificação enquanto indivíduo nesta e, principalmente, na próxima vida.

Nesse contexto, as seis questões propostas neste atrigo têm por propósitos trazer à luz a realidade de que a neutralidade ideológica é uma mera ilusão apresentada pelas ideologias seculares que, por serem incoerentes e contraditórias, fogem do embate com a verdade e procuram se estabelecer naquele que é o seu lugar próprio: as trevas. Além disso, busca-se destacar a importância não apenas da escolha consciente e criteriosa da ideologia de vida, mas também da coerência entre ela e os atos cotidianos.

A primeira pergunta é: Quem eu sou acima de tudo?

Essa é a pergunta mais importante e da qual as outras serão mero desdobramento. Diversos são os papéis que exercemos no cotidiano. Somos, ao mesmo tempo, pertencentes de uma determinada raça, cidadãos de um país, membros de uma determinada classe social e assim por diante. Contudo, a questão fundamental é sabermos o que nos identifica acima de todas as particularidades. Isto é, o que caracteriza a nossa essência?

Algumas pessoas são, acima de tudo, a sua raça, sendo esse o critério que se sobrepõe aos outros, como o da nacionalidade ou o da classe social, hipótese na qual o indivíduo se verá como pertencente, por exemplo, da comunidade negra. Então, buscará se relacionar com negros e sentirá não apenas uma afinidade natural ao encontrar outro negro, mas também que existe uma espécie de causa (ou ideal) comum a todos os negros, em defesa da qual poderia até estar disposto a dar a própria vida.

O mesmo paradigma pode ser aplicado às pessoas de outras raças em ralação às suas próprias raças, também aos patriotas em relação aos compatriotas, aos ricos em relação aos outros ricos, aos pobres em relação aos outros pobres etc.

Apesar de, naturalmente, mais de um aspecto ser levado em consideração, não há como evitar, sempre haverá aquele que preponderará de modo a definir o indivíduo, sendo, portanto, da máxima importância fazer essa escolha conscientemente e com muito critério.

Não há relativismo aqui. Há apenas uma escolha correta nesse campo, sendo todas as outras meras ilusões, cujos desdobramentos acarretam injustiça e corrupção.

Por exemplo, quando o indivíduo cultua a raça à qual pertence, ele está a se gabar de algo em relação ao qual não tem mérito algum. Absolutamente ninguém pôde escolher a raça na qual nasceria. Simplesmente nascemos e apenas vamos ter consciência da raça algum tempo depois. Portanto, a raça não é um mérito ao qual se vangloriar tampouco um demérito do qual se envergonhar.

Adotar o critério racial como preponderante na identificação pessoal também leva a injustiças, pois a raça nada diz a respeito das atitudes e do caráter do indivíduo, sem contar que todas as pessoas, independentemente da raça, foram concebidas e nasceram da mesma forma e terão o mesmo fim que é a morte. E um raciocínio semelhante pode ser aplicado à nacionalidade e à classe social, com a ressalva, desta última, que pode haver algum mérito (ou demérito) individual, mas a classe social igualmente nada diz a respeito do caráter ou da honra da pessoa. Além disso, a nenhum desses critérios é capaz de fornecer uma explicação a respeito da origem, da razão ou do propósito da existência.

A resposta à pergunta “quem sou?” deve estar de acordo com a natureza biopsíquica e intuitiva humana além de ser capaz de nos orientar quanto às questões existenciais. Ou seja, não se trata de uma tarefa das mais fáceis.

É evidente que nenhum ser humano criou a si próprio. Por isso, não somos capazes de, sozinhos, resolver questões de tamanha envergadura e precisamos recorrer ao nosso Criador, mas como?

Na história, temos relatos de pessoas honráveis que receberam revelações de Deus. Foram os profetas, homens que entregaram à humanidade as diretrizes divinas consubstanciadas nos Livros Torah, Evangelho e o Alcorão, dos quais este último foi revelado para confirmar os anteriores e prevalecer sobre eles (Alcorão 5:48).

Deus, então, nos deixa claro que procedemos de um mesmo pai e mãe. Portanto, as diferenças de raças e de nacionalidade não são substanciais e, na verdade, se anulam quando retornamos ao início de tudo, como está escrito:

يَـٰٓأَيُّهَا ٱلنَّاسُ إِنَّا خَلَقْنَـٰكُم مِّن ذَكَرٍۢ وَأُنثَىٰ وَجَعَلْنَـٰكُمْ شُعُوبًۭا وَقَبَآئِلَ لِتَعَارَفُوٓا۟ ۚ إِنَّ أَكْرَمَكُمْ عِندَ ٱللَّهِ أَتْقَىٰكُمْ ۚ إِنَّ ٱللَّهَ عَلِيمٌ خَبِيرٌۭ

“Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Sapientíssimo e está bem inteirado.” Alcorão 49:13

O texto corânico é confirmado pela intuição e racionalidade que Deus colocou em nós, segundo as quais a única diferenciação justa e substancial entre os homens está relacionada às crenças e ao proceder.

E quem são os tementes a Deus senão aqueles que se submetem a Ele? Portanto, a submissão a Deus, criador nosso e de todas as coisas, deve ser o fator essencial a nos caracterizar. Deve ser a nossa preocupação diária e aquilo pelo que mais almejamos, semelhante à conduta de homens honoráveis do passado remoto como o Profeta Abraão (A.S.), quando rogou a Deus junto a seu filho Ismael (A.S.) dizendo:

رَبَّنَا وَٱجْعَلْنَا مُسْلِمَيْنِ لَكَ وَمِن ذُرِّيَّتِنَآ أُمَّةًۭ مُّسْلِمَةًۭ لَّكَ وَأَرِنَا مَنَاسِكَنَا وَتُبْ عَلَيْنَآ ۖ إِنَّكَ أَنتَ ٱلتَّوَّابُ ٱلرَّحِيمُ

“Senhor nosso! E faze de ambos de nós submissos para Ti, e faze de nossa descendência uma comunidade submissa para Ti; e ensina-nos nossos cultos e volta-Te para nós, remindo-nos. Por certo, Tu, Tu és O Remissório, O Misericordiador. Alcorão 2:128

Cabe, aqui, salientar que a qualidade de submisso voluntário a Deus é nomeada em árabe (idioma no qual foi revelado o Alcorão) como muçulmano (ou muslim).

A identidade muçulmana é a única capaz de nos situar na realidade de que de Deus viemos, de que o propósito da nossa criação é louvá-lo, de que é nosso dever obedecê-lo e de que a Ele retornaremos (Alcorão 2:28; 51:56; 64:12).

Essas considerações deixam claro que, apesar de critérios como raça, nacionalidade e classe social poderem servir de forma subsidiária para nos qualificar, nenhum deles pode ser preponderante ou ocupar o lugar central em nossas vidas senão a qualidade de submisso a Deus, muçulmano (ou muslim).

A segunda pergunta é: Quem é o meu senhor?

Para se saber quem é, de fato, o senhor, basta fazermos as seguintes perguntas: a quem obedeço de verdade? De quem espero a maior recompensa e temo o maior castigo? A quem atribuo a prerrogativa de estabelecer os critérios de moralidade e de fixar o lícito e o ilícito?

Muitas pessoas terão como resposta o Estado. Outras, uma instituição ou um líder qualquer, enquanto outras terão a si mesmas por senhores.

Nesse aspecto, qualquer resposta diferente de Deus é idolatria. Isso não quer dizer que seja idolatria obedecer às autoridades aqui na terra. Pelo contrário, é obrigatório, mas desde que isso não acarrete desobedecer a Deus e desde que isso não acarrete que a pessoa substitua os padrões divinos de certo e errado pelos padrões de uma autoridade qualquer, como nos ensinou o Mensageiro de Deus (S.A.W.):

حَدَّثَنَا مُسَدَّدٌ، حَدَّثَنَا يَحْيَى بْنُ سَعِيدٍ، عَنْ عُبَيْدِ اللَّهِ، حَدَّثَنِي نَافِعٌ، عَنْ عَبْدِ اللَّهِ ـ رضى الله عنه ـ عَنِ النَّبِيِّ صلى الله عليه وسلم قَالَ ‏”‏ السَّمْعُ وَالطَّاعَةُ عَلَى الْمَرْءِ الْمُسْلِمِ، فِيمَا أَحَبَّ وَكَرِهَ، مَا لَمْ يُؤْمَرْ بِمَعْصِيَةٍ، فَإِذَا أُمِرَ بِمَعْصِيَةٍ فَلاَ سَمْعَ وَلاَ طَاعَةَ ‏”‏‏.‏

Narrado por Abdullah: O Profeta disse: “Um muçulmano deve ouvir e obedecer (às ordens do seu governante), quer queira quer não, desde que as suas ordens não envolvam desobediência (a Allah). No entanto, se um ato de desobediência (a Allah) for imposto, não se deve ouvi-lo nem obedecer-lhe.

Sahih Bukhari, In-Book Reference: Book 93, Hadith 8.

Deus, louvado seja, enviou diversos profetas à humanidade, de forma que a obediência a Ele sempre se deu por intermédio da obediência ao profeta por Ele enviado. Isso não acarreta idolatria ao profeta, mas submissão a Deus, como Ele mandou o Mensageiro (S.A.W.) dizer:

قُلْ إِن كُنتُمْ تُحِبُّونَ ٱللَّهَ فَٱتَّبِعُونِى يُحْبِبْكُمُ ٱللَّهُ وَيَغْفِرْ لَكُمْ ذُنُوبَكُمْ ۗ وَٱللَّهُ غَفُورٌۭ رَّحِيمٌۭ

قُلْ أَطِيعُوا۟ ٱللَّهَ وَٱلرَّسُولَ ۖ فَإِن تَوَلَّوْا۟ فَإِنَّ ٱللَّهَ لَا يُحِبُّ ٱلْكَـٰفِرِينَ

Dize: Se verdadeiramente amais a Deus, segui-me; Deus vos amará e perdoará as vossas faltas, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.

Dize: Obedecei a Deus e ao Mensageiro! Mas, se se recusarem, saibam que Deus não aprecia os incrédulos. Alcorão 3:31-32

A terceira pergunta é: Qual é a minha religião?

Para aquele que é um muçulmano (submisso a Deus) e, naturalmente, O tem como senhor, consequentemente terá como religião o ato de se submeter a Ele, ou seja, o Islam, como está escrito:

إِنَّ ٱلدِّينَ عِندَ ٱللَّهِ ٱلْإِسْلَـٰمُ ۗ

Para Deus a religião é o Islam… Alcorão 3:19a

E também:

وَمَن يَبْتَغِ غَيْرَ ٱلْإِسْلَـٰمِ دِينًۭا فَلَن يُقْبَلَ مِنْهُ وَهُوَ فِى ٱلْـَٔاخِرَةِ مِنَ ٱلْخَـٰسِرِينَ

E quem busca outra religião que o Islam, ela não lhe será aceita e ele na Derradeira Vida, será dos perdedores. Alcorão 3:85

Aqui, é importante esclarecer o significado de religião. Religião é uma espécie de ideologia que abarca as questões transcendentais. Existem, por outro lado, as ideologia seculares que partem de uma perspectiva ateísta e, portanto, desconsideram as questões transcendentais. E, por ideologia, podemos compreender uma forma de ordenar e hierarquizar dos valores a partir da qual se norteará as próprias crenças e atos, sejam eles privados ou públicos.

Sendo assim, o conceito de religião não se restringe à profissão de fé ou a liturgias de adoração a Deus. Esses são apenas os aspectos da religião que não estão presentes nas ideologias ateístas.

Pelo contrário, uma vez que a religião para Deus é o Islam e Islam é submissão às ordens dEle, toda a área da vida sobre a qual incida uma ordem divina será abrangida pela religião. Como temos ordens divinas tanto para a esfera pública como a privada; tanto para atos de adoração como para os de governança, tanto para o comércio como para a vida familiar; tanto para a guerra como para as comemorações etc., então compreendemos facilmente que religião abrange todos os aspectos da nossa vida.

A quarta pergunta é: Qual é o meu guia?

O guia é o parâmetro de certo e errado. Alguns se intitulam de livres pensadores e dizem que têm como guia as próprias ideias. Esses são aqueles que idolatram a si mesmos. Pensam que são autossuficientes e que têm condições de dar sentido à própria vida, enquanto, são, muitas vezes, manipulados por pessoas que eles pouco ou nada conhecem e realizam, sem notar, objetivos dos seus manipuladores.

São aqueles que, por exemplo, pensando que estão sendo livres e seguindo as próprias vontades, se entregam às obscenidades e aos entorpecentes, enquanto, na verdade, estão apenas a desgraçar a própria vida (esta e a próxima), família e comunidade.

Outros têm como guia a lei do país onde vive, especialmente a Constituição. São aqueles que idolatram o Estado, tendo-o como senhor, conforme supracitado. Então, recorrem sempre às leis como argumento último de autoridade.

Como dito acima, não há nada de errado em obedecer às leis do Estado. Muito pelo contrário, trata-se de uma ordem divina, mas desde que elas não violem os mandamentos divinos. No mesmo sentido, não há nada de errado em seguir as próprias ideias e buscar a satisfação dos desejos carnais, conquanto não haja violação dos limites de Deus (Alcorão 2:168).

Então, nosso guia supremo deve ser a revelação de Deus, consubstanciada no Livro (Alcorão) e na sabedoria (Sunnah, que é o registro dos atos e ditos do Profeta [SAW]), como está escrito:

لَقَدْ مَنَّ ٱللَّهُ عَلَى ٱلْمُؤْمِنِينَ إِذْ بَعَثَ فِيهِمْ رَسُولًۭا مِّنْ أَنفُسِهِمْ يَتْلُوا۟ عَلَيْهِمْ ءَايَـٰتِهِۦ وَيُزَكِّيهِمْ وَيُعَلِّمُهُمُ ٱلْكِتَـٰبَ وَٱلْحِكْمَةَ وَإِن كَانُوا۟ مِن قَبْلُ لَفِى ضَلَـٰلٍۢ مُّبِينٍ

Com efeito, Allah fez mercê aos crentes, quando lhes enviou um Mensageiro vindo deles, o qual recita Seus versículos para eles, e os dignifica e lhes ensina o Livro e a Sabedoria. E por certo, antes, estavam em evidente descaminho. Alcorão 3:164

A quinta pergunta é: Quem é meu modelo?

O modelo é aquele que materializa uma ideologia. É aquele que vive mais em harmonia com os valores mais importantes.

Infelizmente, muitas pessoas têm por modelos de conduta pessoas de nível moral péssimo, até criminosos e zombadores. Por outro lado, aquele que é um muçulmano tem por modelo de conduta os profetas de Deus, especialmente o derradeiro deles, que é Muhammad (S.A.W.), como está estabelecido por Deus:

لَّقَدْ كَانَ لَكُمْ فِى رَسُولِ ٱللَّهِ أُسْوَةٌ حَسَنَةٌۭ لِّمَن كَانَ يَرْجُوا۟ ٱللَّهَ وَٱلْيَوْمَ ٱلْـَٔاخِرَ وَذَكَرَ ٱللَّهَ كَثِيرًۭا

Realmente, tendes no Mensageiro de Deus um excelente exemplo para aqueles que esperam contemplar Deus, deparar-se com o Dia do Juízo Final, e invocam Deus frequentemente. Alcorão 33:21

Isso quer dizer que o muçulmano deve buscar imitar o Mensageiro de Deus (S.A.W.) tanto quanto ele puder e não pode se opor a ele tampouco condenar as práticas dele.

A sexta e última pergunta proposta é: Qual é o meu objetivo?

Certamente, temos vários objetivos na vida. Contudo, sempre há um principal, em relação ao qual os outros são simples meios de alcançá-lo.

Algumas pessoas têm como objetivo principal a busca pelo máximo de prazer imediato. São aquelas que se esforçam em algo tendo em mente a possibilidade de desfrutar de um prazer como recompensa, como fama, poder, riqueza ou luxo, enquanto outras buscam o engrandecimento do seu país ou o estabelecimento (ou manutenção) de uma determinada ordem social. Os primeiros são mais egoístas enquanto os últimos são mais idealistas.

Qualquer objetivo que esteja restrito a esta vida terrena está fadado ao fracasso, pois algumas décadas é o máximo que alguém consegue viver, vindo, depois disso, a morte seguida de um estado permanente do indivíduo para toda a eternidade. Alguns tentam se distrair dessa consequência com a crença ilusória e totalmente desprovida de evidência de que o morto permaneceria vivo na memória das outras pessoas (que ainda estiverem vivas) enquanto estas estiverem se lembrando dele.

Sendo assim, por mais altruísta que seja o objetivo de uma pessoa, a morte a alcançará, de forma que apenas há vantagem afetiva em um objetivo que se consume no estado permanente após morte, momento em que nenhuma riqueza, fama, luxo, nação ou movimento social terá utilidade.

Nesse sentido, Deus, O Altíssimo, disse:

أَلْهَىٰكُمُ ٱلتَّكَاثُرُ ١ حَتَّىٰ زُرْتُمُ ٱلْمَقَابِرَ ٢ كَلَّا سَوْفَ تَعْلَمُونَ ٣ ثُمَّ كَلَّا سَوْفَ تَعْلَمُونَ ٤ كَلَّا لَوْ تَعْلَمُونَ عِلْمَ ٱلْيَقِينِ ٥ لَتَرَوُنَّ ٱلْجَحِيمَ ٦ ثُمَّ لَتَرَوُنَّهَا عَيْنَ ٱلْيَقِينِ ٧ ثُمَّ لَتُسْـَٔلُنَّ يَوْمَئِذٍ عَنِ ٱلنَّعِيمِ ٨

1. A ostentação entretém-vos, 2. Até visitardes os sepulcros. 3. Em absoluto, não vos ostenteis! Vós logo sabereis! 4. Mais uma vez, em absoluto, não vos ostenteis! Vós logo sabereis! 5. Ora, se soubésseis a ciência da Certeza, renunciaríeis a ostentação. 6. Em verdade, vereis o Inferno. 7. Em seguida, certamente, vê-lo-eis, com os olhos da certeza. 8. Depois, sereis, em verdade, nesse dia, interrogados das delícias da vida.

A certeza é a morte, cuja ciência nos deve fazer renunciar a priorização das coisas desta vida em detrimento da derradeira vida. Portanto, a situação na derradeira vida é que deve ser o nosso objetivo principal, de forma que a busca por riqueza, poder, conhecimento, filhos etc. deve ser apenas meio para adorar somente a Deus, lutar na causa dEle (estabelecer o monoteísmo, proibir o ilícito e ordenar o lítico) e obter o perdão dEle e o paraíso (Alcorão 3:157).

Assim, as seis perguntas propostas trouxeram à luz a natureza ideológica do secularismo e destacaram a importância da escolha consciente e criteriosa da ideologia correta no Islam, a única capaz de dar sentido e propósito substanciais e coerentes à vida daquele que é um muçulmano, tem Deus por senhor, o Islam por religião, o Sagrado Alcorão e a Sunnah de Muhammad (S.A.W.) por guias, Muhammad (S.A.W.) por modelo e o Paraíso por objetivo, ameen!

Todo louvor seja dado a Deus e que a paz de Deus esteja com o derradeiro dos profetas, Muhammad

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